Velhas Maneiras



Os Ultras caracterizam-se por uma forma peculiar de estar dentro e fora de 
um estádio, que é feita à base de cânticos, faixas, cachecóis, e outros elementos coreográficos, assim como normas de conduta e uma organização interna que tem pouco a ver com o resto dos adeptos. Reforçando esta ideia de Ultra, ser ultra, é tal como a própria palavra nos diz que somos mais do que simples adeptos, fazemos tudo pelas nossas cores, estamos em todo o lado, sempre presentes, fazer boas coreografias, fazer bom material, envolvermo-nos apaixonadamente naquilo que acreditamos.



Ser ultra não é ir só ao estádio fim-de-semana em fim-de-semana, é também intervir directamente na vida do clube. Ser parte activa e interveniente do clube. Cá dentro é preciso alma e espirito, é preciso amor àquilo que se está a fazer. E esse amor vem de dentro. Ultras de alma transformam tudo isto neles, porque o vivem intensamente a curva, e tudo o que faz parte dela, e que se encontra em cada milimetro da sua pele. 




O futuro do movimento ultra não depende da politica, mas sim da cultura de cada país, das experiências de cada um e do que no futuro irá acontecer, ou seja: Nós ultras temos na nossa mão o futuro do nosso movimento e ninguém tem mais esse poder



Como tal eu acredito no movimento ultra, apesar de muitos que se intitulam de ultras “venderam-se” ao sistema, eu sou da opinião que não o devemos fazer, pois pode haver vantagens nisso para o grupo, mas essas vantagens fazem cair por terra tudo aquilo que foi defendido até então, eu acredito que devemos ser livres, devemos apoiar o nosso clube incondicionalmente, fazendo as faixas pelas nossas próprias mãos e não mandar fazer… São coisas que dão trabalho e necessitam de disponibilidade é certo, mas se antigamente se fazia, agora somos tão poucos que participam nestas acções,  não se dá continuidade porquê ?
As bandeiras dão um colorido mágico às curvas. Principalmente quando são muitas e não é rara a curva que continua a gostar de fazer tifos com elas. Podem ser de várias cores, mas a maioria das claques adopta bandeiras com as cores do clube. As bandeiras podem ser pintadas à mão, cozidas à máquina ou estampadas. As bandeiras utilizadas podem chegar a ter 5 metros sendo utilizados enormes tubos para as fazer ondular. O tifo português dos anos 80 era constituido essencialmente por bandeiras gigantes, num misto de fumos e tochas. 
Que saudades de assistir nos cativos e olhar para o sector da Fúria e ver o sector bem preenchido com montes de bandeiras gigantes, tochadas e potes de fumo.
Mais tarde tive oportunidade ainda de poder vivenciar no sector essas experiencias. Infelizmente os mais novos não sabem o que é isso… Ai que saudades. Oh tempo volta para trás.
Finalizo este texto com uma frase de um amigo e companheiro de bancada “Nós não deixar-mos de acreditar nos nossos ideais, na nossa independência, no movimento ultra, que ele existe."
Ass: Semog
Sócio CFB: 2185
Sócio FA: 26



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